terça-feira, 8 de outubro de 2013

Resultado da Pesquisa

Ao observarmos o Parque hoje, percebemos uma pluralidade de culturas implícitas em um curto espaço físico. Porem toda essa pluralidade só veio a acontecer depois da reforma, pois Antes o local era “dominado” pela cultura do skate.
Ao analisarmos brevemente a cultura do skate, percebemos que antigamente os mesmos eram taxados de “drogados e vagabundos” isso tudo por seu estereótipo (roupas largas, surradas, etc.). A pista por sua vez também não possui muitos créditos, e sua aparência de abandono “afastava” as pessoas.
De certa forma podemos concluir que a reforma, Trouxe uma mudança na identidade do local, que antes era frequentada apenas por skatistas, e que agora possui uma gama maior de culturas.
   E por não termos uma identidade fixa, essa pluralidade pode trazer algumas mudanças para essas identidades, que antes podiam não ter nenhuma relação entre si, mas que agora estão em um espaço que de certa maneira os interligam. E a medida Que isso vai acontecendo cada indivíduo começa a compreender melhor a “identidade cultural” alheia.
 “O sujeito, previamente vivido como tendo uma identidade unificada e estável, está se tornando fragmentado; composto não de uma única, mas de várias identidades... O próprio Processo de identificação, através do qual nos projetamos em nossas identidades culturais, tornou-se mais provisório, variável e problemático.” (HALL, 1999, p.12)
 Outro ponto interessante para este entendimento o e a “aceleração de processos globais, de forma que se sente que o mundo é menor que as distancias mais curta, que os eventos em um determinado lugar têm um impacto imediato sobre pessoas e lugares situadas a uma grande distância” (HALL, 1999, p.69)




Época liquida moderna.
“Mundo em nossa volta está repartido em fragmentos mal coordenados, enquanto as nossa existências individuais são fatiadas numa sessão de episódios fragilmente conectados” (BAUMAN, 2005, p. 15)
Para Bauman não existe uma identidade propriamente dita, e sim um movimento em direção a algo ainda indeterminado.
Sendo assim ele utiliza uma forma metafórica pra descrever o conceito de “identidade”.
A identidade pode ser comparada com um quebra-cabeça, onde várias peças formam “uma”, porem existe uma diferença no que tange o jogo e o conceito de identidade.
No quebra cabeça comum já existi uma imagem pré-definida em que deve-se chegar, sem contar que o mesmo não possuí lacunas, e tendem a não ter peças faltantes o sobrantes. Sendo “no jogo a tarefa é direcionada para o objetivo” (BAUMAN, 2005, p. 55)
No caso da identidade não existe uma imagem pré-definida, as imagens juntadas são diferentes, por muitas vezes conflitantes, impossibilitando de ter um resultado coeso e unificado. Na “identidade, o trabalho é direcionado para os meios” (BAUMAN, 2005, p. 55)
Senso assim podemos considerar que a identidade encontrada no “parque” está em constante mudança, se comunicando e se interligando aos poucos.

“as identidades flutuam no ar, algumas de nossa escolha, mas outras infladas e lançadas pelas pessoas em nossa volta, é preciso estar em alerta constante para defender as primeiras em relações às ultimas” (BAUMAN, 2005, p. 19)

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